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  • A Grande Torre de Marfim

    Antes de tudo, é preciso falar sobre um país autoritário de grandes dimensões situado no outro lado do mundo, cuja costa leste é banhada pelo oceano pacífico. Claro que o leitor pensou na China, ledo engano, posto que, tais características também se aplicam a Austrália. A terra dos cangurus parece ter sido tomada por uma espécie de pânico que beira à demência, além de confinar os recém-chegados, adota postura extremista, como a que se traduz no diálogo entre uma cativa e um agente do governo em um dos campos de isolamento , “ A mulher afirma que as regras não fazem sentido e o funcionário responde que elas não precisam fazer sentido , já que todos os locais precisam ter regras e aquelas são as de lá”. Em ralação ao tenista número um do rank, Novak Djokovic , o governo local não se limitou ao autoritarismo, mas, com requintes de perversidade, demonstrou-se menos confiável que criminosos. Autorizando a participação do referido atleta em um torneio mesmo ante a recusa de vacinar-se para, depois do desembarque, o sequestrar com o fim de constranger-lhe à submeter-se ao experimento. Na verdade, o atleta foi feito refém com o fim doentio de que dobrasse ao desejo dos senhores daquele país e uma horda de pessoas movidas pelo pânico e pelo sentimento de aceitação. Por sorte, o atleta manteve-se firme e a Justiça daquele país parece não ter sucumbido totalmente à loucura. Mais presos que o tenista sérvio estão aqueles que aplaudiram a postura totalitária do governo australiano ou lamentaram a decisão de um magistrado lúcido daquele país. Estão aprisionados em uma cela que não pode ser aberta tão facilmente. Trata-se de uma prisão muito mais cruel que qualquer construção, pois, captura a consciência não o corpo, mantém o indivíduo acorrentado em seus pares, juntando-o e colando-o como se fosse um tijolo em um muro. Sim, como naquela música na qual uma banda de rock inglesa questiona a lavagem cerebral de alunos, embora tal grupo contava com um membro que é a tradução da hipocrisia, o mesmo teve seu pai morto na Segunda Grande Guerra por um regime totalitário e atualmente faz coro, ou vista grossa, para quem governa o povo através da força e da desinformação. Mas isso é uma longa história. Voltando aos aprisionados que dispensam grilhões, na verdade possuem os mesmos em suas mentes, há quem defenda qualquer tirania por pavor ou por aceitação, tudo de forma inconsciente, entretanto, se libertar de tal prisão torna-se uma tarefa hercúlia, haja vista, a natural tendência do indivíduo em negar sua cegueira ou temer o ostracismo. A relativização da verdade é a isca fatal que leva a consciência individual para as masmorras, deixando se levar em rebanhos, pois é mais confortável caminhar no escuro acompanhado, ainda que todos estejam rumando para o Labirinto de Creta. Negar que há uma só verdade, ainda que, possam existir diversas formas de interpretá-la, é assumir que a realidade pode ser modelada conforme a vontade de uma autoridade, de uma elite intelectual, permitido crer que a grama é azul mesmo que veja-a como verde, assumindo que o sol seja fonte de frio, em que pese possa sentir o calor. Contradizer o obvio ou simplesmente assumir que a verdade deve se curvar para que o indivíduo não seja uma peça destoante de um sistema e, por isso, extirpada do todo. A chamada sensação de pertencimento. Deveria ser algo óbvio que a verdade é uma só, independente de quantas visões se tenha dela, todavia, é importante constatar que não há um senhor da verdade. Tais afirmações podem parecer, mas não são paradoxais, simplesmente pelo fato da primeira não afastar a segunda. Que a verdade é uma, não há como rechaçar, toda verdade é sim absoluta, entremente, afirmar que não existe o chamado dono da verdade tem como sustentação dois pontos. Em primeiro lugar, não há como ser dono da verdade se ela não se dobra à vontade de quem quer que seja, não sendo modelada pelo querer do indivíduo, logo, se alguém nasce mulher, mulher é. Por mais que isso lhe contrarie, é um fato e não pode ser retocado ou alterado. Em um segundo momento, dando outra interpretação, não se pode concordar que um ponto de vista seja a verdade, portanto, não há como alguém possa excluir de pronto uma visão diversa da sua, assumindo que sua janela para o mundo é o único ângulo que pode-se considerar o correto. Conclui-se que a verdade não atende aos anseios humanos e não se pode calar forçosamente as vozes dissonantes sob pena de fechar-se a janela que tem a visão pelo ângulo certo. Considerar que um grupo detém a capacidade divina de apontar a verdade é assumir que este grupo tem o poder de criar ou alterar fatos conforme sua visão, ainda que artificial, sendo os criadores da chamada pós-verdade . O poder de alienar através da informação concedeu a uma elite de intelectuais a possibilidade de enganar os desavisados acerca dos fatos, fazendo com que, cada vez mais pessoas, assumissem como irrefutáveis fontes extremamente questionáveis, entretanto, a descentralização dos meios de comunicação fez com que a Torre de Marfim ficasse cada vez mais exposta, haja vista sua incapacidade de controlar as vozes dissonantes. Os poucos que foram capazes de enxergar além das cortinas da alienação, se tornando libertos dos tentáculos, eram incapazes de despertar seus pares diante do poder dos meios usados para alienar, contudo, a já mencionada descentralização da comunicação, maior benção dos dias atuais, ainda que tenha nascido com intenções de maximizar a escravidão, teve seu rumo voltada para o bem, servindo aos que estavam de olhos abertos como canal para propagar a liberdade ainda que tardia. Quanto à Torre de Marfim, esta se viu exposta e vulnerável, logo, passou a contra-atacar, lançando mão de toda sua vassalagem, de forma homeopática, mas cada vez mais agressiva. Antes de expor suas faces é importante buscar o conceito de Torre de Marfim, mas pode-se adiantar, tal conceito será uma base para algo maior. Assinala o Professor Fernando Nogueira da Costa  que “A expressão Torre de Marfim designa um mundo acadêmico à parte, onde intelectuais se envolvem em questionamentos desvinculados das preocupações práticas do dia-a-dia. Nele, há uma desvinculação pessoal deliberada do mundo cotidiano”. A simples leitura deixa evidente uma deficiência por parte dos intelectuais que se isolam do mundo real, mas seria menos grave se tal definição fosse o conceito que buscamos atingir. Teríamos apenas algo abstrato em que alguns grupos de intelectuais saem da órbita da realidade, sendo, na pior das hipóteses um fardo para as pessoas comuns, em tese, seriam sustentados por alguma fonte dispostas a, literalmente, verter seus recursos em um sumidouro. Parece que somente o Estado seria um ser capaz de expropriar da cadeia produtiva para fazê-lo, ainda que fosse flagrante desperdício. Prover o sustento de intelectuais isolados em tal torre não parece uma boa ideia, mesmo para o Estado que dispões de recursos alheios, parece estranho que alguém queira manter um aparato improdutivo e, normalmente, de custo elevado. Mas não é bem assim que as coisas parecem funcionar. Se o isolamento dos intelectuais fosse algo pontual, ou mesmo, ocorresse com frequência mas em torres isoladas, o problema resumir-se-ia em uma decadência, mas não teria a capacidade de causar um mal maior. Imaginemos uma espécie de matriz, uma Grande Torre de Marfim, uma bolha intelectual que está tão distante das pessoas comuns que é capaz de desfrutar de tamanho poder que lhe permite impor sua utopia, mesmo que fadada ao fracasso por não ser real, sendo certo que suas pontas não se juntam, tem o potencial para controlar e aprisionar as pessoas em sua teia de mentiras. Eis a verdadeira Torre de Marfim. A colossal estrutura alva se isola de tudo e ao mesmo tempo cerca-se de suas filiais igualmente brancas, espiando a tragédia que impõem aos que não são iluminados para adentrar pelas adornadas portas e paredes de presas de paquiderme. Tais seres tornam-se cada vez mais distantes da humanidade, pois se consideram especiais, creem que são capazes de experimentar tudo de suas varandas e não entendem que, não importam o que digam, a verdade ainda se fará presente. Sob os auspícios da Grande Torre, os que garbosamente ocupam as suas filiais se consideram livres e iluminados, pois acreditam fazer parte da condução do processo, mas ignoram que em sua natureza de satélite estão presos em suas torres servindo seus senhores. Cabe questionar os métodos que a Grande Torre usa para controlar as demais pessoas, uma vez que, as torres menores parecem estar intrinsecamente ligadas, sendo as maiores mais próximas da torre mãe. Existem diversas formas e não podem ser todas catalogadas, até porque, novas modalidades seriam criadas no caso do fracasso de um. Mas no que diz respeito à metodologia, é evidente o fato de apoiarem-se em três pilares, quais sejam, o medo, o favorecimento e a desinformação, que podem ser adotados de forma individual ou em concurso. O medo pode advir de uma falsa percepção da realidade propositalmente implantada, o favorecimento poderá ser resultado de uma falsa promessa, bem como o medo pode ter como principal fator a perda do favor ora experimentado, ainda que decorra de uma mentira. Para controlar alguém pelo medo basta que o agente controlador se coloque, segundo a ótica daquele que pretende dominar, como um protetor, um garantidor. É o que, via de regra, o Estado usa para tomar a liberdade dos indivíduos, basta observar como nos países tomados pela violência é usual que somente o Estado e as organizações criminosas tenham armas a sua disposição, deixando o cidadão, indefeso, totalmente dependente do poder público. Por outro lado, temos o favorecimento, a hipótese em que o indivíduo acredita ter uma posição de vantagem que não é resultado de seu esforço, na grande maioria das vezes ele tem razão, logo, seu senhor lhe concede vantagens em troca de sua liberdade, muito comum nos sectos de intelectuais ou grupos de minorias, nos quais, renegar as pautas custar-lhe-á o ostracismo e a perda de benesses. Grande parte das autoridades temem perder o favor que lhes é conferido pelo Estado e pela sociedade como um todo, usufruindo de seu status de poder e servindo aos fins mais sórdidos, mesmo tendo consciência de sua existência abissal, prefere gozar de uma vida de luxos a se opor à besta, sabe que está vivendo em uma zona de conforto ainda que na sombra do monstro, mas teme perder suas benesses, ou pior, tornar alvo da fúria da criatura nefasta que serve. A desinformação talvez seja o método mais eficiente, podendo ter resultados autônomos ou o poder de gerar medo e favorecimento, a capacidade de incutir o pânico nas pessoas pode ser tanta que elas estarão sujeitas a renunciar de suas liberdades, até mesmo a lógica é deixada de lado em momentos de desespero. Como fazer com que tais métodos cheguem a todos? A melhor forma é a desinformação, que assim como os demais métodos, só é eficaz quando não há oposição real. Se alguém é incapaz de insuflar o medo do coração dos outros, não há como usá-lo ao seu favor, imagine um indivíduo portando uma faca tentando impor sua vontade aos demais membros de uma comunidade através do medo, porém, seus pares possuem armas de fogo. Sua intimidação será algo ineficaz, logo, ele precisa fazer com que os indivíduos se desarmem, como impor é impossível e pedir pode não fazer efeito, a opção seria afirmar que tais equipamentos representam um perigo tão grande que o ideal seria que todos dispusessem do armamento em nome de uma segurança coletiva. Se isso não funcionar, pode invocar dados falsos de uma comunidade distante ou dados verdadeiros interpretados para servirem seus objetivos, bem como, pedindo àqueles que acreditam lhe dever favores que venham a aderir o desarmamento. Aos que se recusarem a entregar suas armas, restará rotulá-los como violentos, para justificar uma boa campanha de ostracismo resultará em mais adesões. Coincidentemente é o que estão fazendo com aqueles que questionam as “vacinas experimentais”. O favorecimento também tem seu calcanhar de Aquiles, se o alvo da intenta acreditar que não tem nenhuma dependência em relação àquele que pretende o dominar, não se curvará ao mesmo, daí surge a desinformação para alegar que tal dependência existe. Nos casos de assistencialismo é comum um governante alegar que sua queda do poder importará na perde de determinado benefício, bem como, alegar que a ascensão de outrem ao poder resultará em demissões, algo muito comum nas estatais. A fraqueza da desinformação é justamente ser exposta e desmentida, o que pode ser feito se aquele que se opõe tiver um canal para se comunicar, agora fica claro a necessidade que a Grande Torre tem no que tange à censura de seus opositores. O controle dos meios de comunicação é essencial para manter cativar, no pior dos sentidos da palavra, a consciência do indivíduo, mas a mentira não pode se sustentar quando há uma oposição, por isso, vale de tudo para calar quem tenta expor as vicissitudes da Torre de Marfim, não se pode permitir que o templo dos intelectuais alienados perca suas fundações e, por isso, justificar-se-á quaisquer ataques aos que despertaram, para que não tragam luz aos adormecidos. O papel da mídia e dos artistas cooptados pelos tentáculos da Grande Torre cumprem a missão do Flautista de Hamelin sequestrando as mentes através de sua sedutora, e cada vez mais vulgar, arte, atraindo para a escravidão. Ao representar personagens carismáticos, as figuras dos famosos passam a fazer parte das vidas das pessoas que associam tais personagens ao seu intérprete, logo, nasce um gatilho para que aquela pessoa possa comunicar-se com um certo grau de identificação que não é natural, sendo o reflexo da relação entre a obra ficcional e o receptor dela. É comum que as pessoas deem maior atenção aos que conhecem e tendem a depositar no artista a impressão que tiveram da personagem a qual ele “deu vida”. Não por acaso a publicidade recorre ao artifício para alavancar vendas, mesmo que, em uma lógica normal, seria mais indicado um dentista promovendo um determinado enxaguante bucal, é comum que artistas o façam e angariem maior atenção do público. A Torre percebendo tamanha fragilidade, precisa aprisionar os artistas para usar de seus talentos, mesmo que sejam mais uma mentira, pois, utilizará o “canto da sereia” como forma de convencer os menos informados tendo ainda maior alcance na mensagem que pretende disseminar. A simpatia que o receptor tem pela personagem transmite-se ao seu intérprete, dando credibilidade, ao menos na mente do indivíduo, à mensagem que se pretende passar. O poder seduz e corrompe, daí a supervalorização de determinadas figuras, que, nos mesmos moldes das autoridades, ficam inebriados com a suntuosa vida que aproveitam, de forma que, deixaram de importar-se com as ditas pessoas comuns se isso significar a manutenção do status quo. Comove-se toda uma rede de indivíduos influentes para que transmitam a mensagens originada na Grande Torre, fazendo que cada um torne-se uma espécie de repetidora, difundindo aquilo que a besta maior pretende. Assim, uma pequena elite é capaz de manobrar uma imensa massa de pessoas, inserindo suas teorias dissociadas da realidade no seio da sociedade de forma pulverizada e gradual. Os termos cunhados pela elite acabam por se espalhar pelo imaginário do cidadão que, mesmo sendo avesso à ideia espinhal, acaba por assimilar de forma superficial e, portanto, acatando a essência daquilo que pretende-se implantar. Tal qual uma pequena semente ingerida com o fruto, mas que tem a capacidade de germinar no interior do organismo. Aliciar os meios artísticos tornou-se um meio muito eficaz de propaganda, a Alemanha Nazista conseguiu acentuar muito tal método, mas isso também pode falhar, posto que, a informação descentralizada escancara o abismo que existe entre personagem e intérprete, expondo ao público de uma forma geral que determinadas figuras públicas não guardam quaisquer semelhanças com aquilo que transmitem. Falar contra o sistema, por outro lado, resulta no ostracismo daquele que se insurge, adotando-se medidas que possam causar prejuízos reais. Qualquer um que não sejam uma repetidora tornam-se imediatamente alvo do que vulgarmente chamam de cancelamento, mais um termo cunhado para determinar um comportamento, que na verdade é algo orquestrado, envolvendo artificies da Grande Torre. O recente caso envolvendo outro atleta, Maurício Souza , que após se manifestar contrário a uma pauta progressista foi demitido de clube em que jogava por pressão de duas grandes empresas, a Gerdau e a Fiat. Estes tentáculos da besta, de forma asquerosa, cumpriram seus papéis, não só causando prejuízo ao atleta, mas dando um claro recado a qualquer um que pense em se opor as pautas que defendem. Não apenas as duas empresas citadas fazem parte do jogo, são sim desprezíveis, mas não agem sozinhas, pois, a Grande Torre sabe que suas mentiras não são capaz de sustentá-la, logo, utiliza uma grande rede de apoiadores, que, de forma voluntária ou pressionadas pelos métodos já mencionados, não exitarão me fazer parte da empreitada pútrida. O caso Maurício Souza e Novak Djokovic, por sua vez, apontam outra fragilidade do sistema, ambos tem sua estabilidade garantida pelo status que alcançaram, o atleta brasileiro por mais de uma vez foi considerado o melhor em sua função entre seus compatriotas e o sérvio é atualmente considerado o melhor do mundo. Podem sim ser alvo de perseguições e ostracismo, mas sabem que não chegaram onde estão se fiando em um castelo de cartas fajuto que pode ser facilmente derrubado, os atletas estão conscientes que fizeram por merecer seu status e, por isso, nada devem ao sistema que tenta-lhes controlar. Outros nomes influentes, cujo sucesso não está ligado ao esforço ou talento, mas ao apadrinhamento, sabem que qualquer indivíduo medíocre pode ser alçado a sua condição por uma rede, podendo ser facilmente retirado de seu posto e substituído, já que, não chegou ao seu status por mérito mas por favorecimento, sabe que, ao contrariar aquele que o domina, tornar-se-á um brinquedo inútil e irá para a lata do lixo, sendo substituído por alguém que aceite servir a besta em troca de uma vida de luxo e glamour. Observe quantos são os influenciadores que nada tem a oferecer mas que são abraçados pela mídia, quantos deles poderiam ser substituídos sem nenhum problema por voluntários em um show de talentos, é muito fácil constatar as figuras falsas, por isso mais controladas, que foram inseridas nos meios de influenciar e como elas são incapazes de se insurgir contra quem realmente os comanda, bem como, são suscetíveis às pressões  de seus pares e externas. Os atletas citados, tanto o sérvio quanto o brasileiro, se não tivessem taleto para conquistar seus títulos seriam devedores em relação àqueles que os teriam criados, não podendo lutar contra suas pautas. Por outro lado, as embalagens vazias, que nada tem a oferecer, dependem da aceitação do dominante para que permaneçam em seu lugar, não podendo enfrentar o sistema. Embalagens vazias estão sendo cada vez mais utilizadas para propagar conteúdo, humoristas que não fazem rir, cantores que tem como única utilidade promover uma pauta, influenciadores que nada tem a dizer e outros tantos. A alternativa é sem dúvida uma jogada de mestre, pois, como qualquer embalagem vazia é facilmente substituída, não tem conteúdo, torna-se refém da vontade de seus mestres. A descentralização das informações fez com que parte dos indivíduos percebessem a enorme distância entre o influenciador e quem são na vida real, muitos puderam ver como as embalagens vazias chegam a fama sem quaisquer dons especiais, apenas por se sujeitarem ao papel de torre repetidoras. Isso fez com que muitos, ainda que enaltecidos pelo mainstream , que nada mais é que a teia da Torre de Marfim, perdessem a capacidade de “encantar a plateia”, algumas pessoas viram o perigo do canto da sereia e acordaram e, para o temor dos nobres encastelados, decidiram agir e despertar seus pares. Uma avalanche de pessoas foram as redes “livres” para anunciar suas crenças e sua visão de mundo independente daquilo que a maioria professava como verdade, sabiam que havia muitas mentiras sendo tratadas como verdade. Para muitos isso desfaria os nós da teia e libertar a todos. Não tão rápido, a Grande Torre busca sempre uma alternativa para manter acesa a chama do mal, por isso, sempre buscarão linhas auxiliares. A primeira linha auxiliar geralmente usada são as redações de jornais, mas assim como as embalagens vazias do entretenimento, os redatores da grande mídia caíram em descrédito por mentirem acintosamente, especialmente quanto à sua parcialidade. Surgem assim os especialistas, profissionais que estão dispostos a corroborar o que se pretende transmitir e ostentam uma diplomação que faz com que o cidadão, leigo no assunto, se curve a autoridade do mesmo. Juristas que admitem a criação de norma penal por força de decisão judicial podem ser um simples exemplo, em outros tantos seguimentos isso ocorrerá. Podendo ser pela convicção dito especialista casar-se com a do veículo ou por prostituir sua profissão em troca de notoriedade, aceitação ou algo ainda pior. Os meios de comunicação conclamam especialistas com visões consonantes de dua linha editorial, o que não seria absurdo se assumissem de forma explicita seu posicionamento, mas preferem fingir imparcialidade, justamente para evitar que seu alvo procure outra fonte de informação. Precisam se legitimar como os únicos que podem transmitir a verdade, apontam para outras fontes como sendo viciadas por sua ótica, mas evidentemente deixam claro sua parcialidade. Caindo em descrédito ainda com a ajuda dos especialistas, que são forjados nas universidades, ou seja, pelos intelectuais deslocados da realidade que são justamente a base da Torre de Marfim, a grande mídia se vê como um meio que segue na direção do descarte, o que se agrava quando surgem influenciadores nas redes descentralizadas igualmente vazios e dispostos a jurar servidão aos mestres que outrora alimentavam a grande mídia com luxo. Jornalistas e artistas desmoralizados olham para os jardins da Torre de Marfim, onde habitam, e contemplam um futuro em que serão despejados e darão lugar a falsos jovens com cabelos coloridos e artistas com dentes de metal, hoje muito mais eficientes em capturar a mente das novas gerações que não conseguem ler mais de um parágrafo. Os decadentes poderiam se orgulhar, afinal o estrago que se propunham a fazer está feito, levaram grande parte dos indivíduos para um pântano que não conseguem compreender, entretanto, como peças obsoletas sabem que serão atirados no lixo e engolidos pela lama do pântano. Algo digno de pena, não se consideramos os mal que ajudaram a alimentar, mas por serem seres humanos, afinal, não podemos nos igualar àqueles que temos como exemplos negativos, sendo muito melhor deixar o ódio de lado, mesmo que acusados de discurso de ódio. Nascem então as agências de checagem, tentando dar sobrevida as pautas distópicas da Torre de Marfim, pois, os que vivem na torre ou ocupam seus jardins não deixarão suas benesses de lado, ainda que por um bem maior. Estão enraizados no luxo e viciados no poder, venderam suas almas, a grande maioria nem acredita ter uma, para usufruir do conforto, sabendo ou não estão pagando a estadia. As agências de checagem, que são essencialmente a mentira, vendem a ilusão que podem ser instrumento útil no combate a desinformação, quando na verdade atuam unilateralmente para calar qualquer voz que possa se levantar contra o sistema. Não rotularam como falsa uma postagem em que determinado instituto afirmava que pessoas estavam mentindo, mesmo depois de comprovado que as pessoas falavam a verdade. A expressão fake news  fora usada para desacreditar quem falava a verdade, mas isso tornou-se algo comum e tais agências, fazendo seu papel nos planos da Torre de Marfim, perseguem vozes dissonantes rotulando-as de disseminadoras de desinformação. Não demorou muito para as tais agências de checagem caíssem em descrédito, nota-se que são patrocinadas pelas grandes redes de comunicações, por isso afirmado no início que a descentralização não ocorreu para dar liberdade, mas para exercer mais controle, porém o tiro saíra pela culatra. Surgiram grupos ainda mais radicais, que pediam boicotes ideológicos valendo-se do anonimato, como o grupo marginal que se apresenta como Sleeping Giant, marginal sim, pois a maior lei de nossa pátria veda o anonimato como forma de se olvidar de responsabilidades. Curiosamente, algumas das agências de checagem são diretamente ligadas aos grandes veículos de comunicação e outras contam com patrocínio das grandes plataformas, todas parecem fechar os olhos para descaradas mentiras, desde que, sejam ressonância daquelas emanadas pela Torre de Marfim. Talvez por isso estejam tão desacreditadas. Desmoralizada a Torre de Marfim se viu obrigada a usar a força, as plataformas deram fé às agências de checagem e passaram a remover ou alertar para postagens que tais agências indicavam ser dignas de perseguição, o que, diverso do pretendido, gerou a desmoralização das grandes plataformas de rede, pois a ação censora arrastou para o brejo as mesmas. Não há motivos para se enganar, as grandes plataformas queriam isso, apenas não acreditavam nas consequências, por isso avançam cada vez mais. Como alternativa cada vez surgem mais redes livres, que não querem impor pautas aos seus usuários e outras tantas que tem a visão contrária e pretendem sim promover a queda das torres de marfim por saber que são belas prisões e, quem sabe, conseguir destruir a Grande Torre. Após o fracasso das tais agências, que atuaram de braços dados com as “bigtech”, o sistema utilizou ainda mais força, ainda restavam os feudos e o aparelhamento estatal. Os feudos, são grupos ordenados que utilizam o sentimento de pertencimento como forma de cativar as consciências e da violência física ou moral contra quem se opõe as suas praticas. Tais grupos se apoiam em uma bengala para agir sem quaisquer freios morais e por vezes legais, São os ativistas que definem-se como representantes das chamadas “minorias”, em que pese, não sejam escolhidos pelas pessoas que dizem representar. Quando as pautas se chocam, simplesmente pelo fato de mentiras não se encaixarem, temos os maiores problemas da Torre de Marfim, não há como um marxista ferrenho admitir que o socialismo é nocivo, ou ativistas LGBT assumirem a farsa da ideologia de gênero, algo que não tem nenhuma base científica e se sustenta unicamente no querer, ou seja, no sentimento de pertencimento, mas tais narrativas tendem a colidir , não havendo uma solução para isso, utilizam-se de mais mentiras, gerando o efeito bola de neve. Os grupos que alegam representar minorias são apenas feudos, sendo seus senhores feudais vassalos daqueles que ocupam as torres, portanto, não podem desafiar o grande e entrelaçado sistema. Os “rebeldes”, resumem-se a nada mais que revolucionários que servem uma besta maior argumentando justamente que lutam por liberdade, os chamados idiotas úteis, por estarem ao serviço de um senhor que não admite ser questionado, idolatrando líderes vazios, pois estão como senhores feudais alimentando-se de seus esforços e prestando tributos aos nobres de mais elevada estirpe que os observam das janelas das torres. Conforme as torres se veem cercadas, por mais que se considerem intocadas, e contemplam pessoas sendo libertas de seus feudos, por espiarem que são prisões, precisam reagir ou também serão inúteis aos intentos da Grande Torre, está muito mais vigorosa e estável. Invoca-se o poder coercitivo  do Estado, tentando criar lei que possam dar poder legítimo às agências de checagem, ou pior, reconhecendo sua autoridade através do ativismo judicial. Sim, parece e é doentio, mas a Justiça Eleitoral está materializando o Ministério da Verdade , aquele da obra cada dia menos ficcional, 1984 de George Orwell , contando com agências logadas diretamente a empresas Globo, Estadão e Folha de São Paulo. Sei que parece uma brincadeira de péssimo gosto, mas infelizmente é a trágica verdade. De tal forma, a grande mídia e os seres avulsos com cabelos coloridos poderão livremente propagar sua versão dos fatos, negando abertamente quem se contrapõe e taxando-os como mentirosos, mas, se ainda assim preferirem a versão do outro lado, invocar-se-á os togados, nada mais que uma guarda pretoriana da Grande Torre para condenar aqueles que pensam diferente em nome de uma falsa liberdade e democracia. As torres de marfim auxiliares parecem servir prontamente a Grande Torre de Marfim, mas sempre haverá esperança, há uma tese bem fundamentada de que na verdade a Grande Torres se divide em três pilares  que buscaram controlar a besta maior, ou ainda melhor explicando, seriam três grandes torres que, em um momento, tentarão se lançar ao posto de a Grande Torre, subjugando as demais ou podendo se destruir no processo. Restando ainda a possibilidade de suas próprias mentiras derrubarem-na, pois assim como outra torre, não há como desafiar a verdade, não há como se opor a Deus, no final de tudo, o destino das Torres de Marfim, sejam elas quantas forem, será o mesmo da Torre de Babel, pois a soberba precede a ruina . A desinformação é a arma mãe da Torre de Marfim, mas como está alheia a realidade, não consegue juntar os pontos, mentiras não se encaixam, para criar a trama perfeita, de maneira que sempre haverá pontos fracos. Do alto de suas torres, os senhores não conseguem contemplar o todo, cegos pela arrogância ou apenas míopes pelo conforto de sua posição, tentarão colocar escoras para que sua torre não se siga o mesmo destino daquela erguida na Babilônia. Os que ocupam os mais elevados postos nas torres são os que mais sofrerão com a queda e, por isso, lutarão com unhas e dentes para manter o status quo  que os alimenta e, por vezes, bajula. Cair do alto da torre e ter de caminhar entre aqueles que consideram insignificantes é, sem dúvidas, uma derrota considerável, contudo, mais aterrador é perder a proteção das paredes brancas e se sujeitar ao julgo daqueles que fez de ratos de laboratório em suas experiências sociais. Um ótimo exemplo é o socialismo, que, deslocado da realidade, sempre trará destruição, entretanto, todo líder se tentará se furtar de responder pelos males que causara. Façamos a nossa parte para despertar a todos, especialmente aqueles que nos são mais caros, mantendo a esperança que temos meios para vencer a Grande Torre de Marfim que é uma prisão, não um palácio. “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar”. Coríntios, 1, 10:13 Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania  Vol. I N.º 03 - ISSN 2764-3867

  • Formas de Governo e Sistemas de Governo

    Dando continuidade ao estudo do Estado, relembramos que podem existir três formas de Estado, quais sejam, Estado unitário, normalmente são países com menor extensão territorial, tem um poder central e não se divide em entes. Os poderes são concentrados, podendo ter cidades com certa autonomia; a confederação é a união de mais de um Estado para formar um único, cada um deles é soberano, mas fazem um acordo e criam um poder central. Este tipo de Estado é comum para evitar hostilidades ou quando um dos Estados anexa forçadamente outros. Um exemplo de confederação é a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, no caso houve anexações voluntárias e forçadas e a federação é um Estado que se divide em entes dotados de autonomia (não confundir com soberania) para facilitar a distribuição de funções. Normalmente é um país com vasta extensão territorial, precisando dividir suas funções em entes locais e regionais. O Brasil é uma federação, por isso temos entes federativos dotados de autonomia, como por exemplo os estados-membros. Para que o Estado se organiza ele precisa adotar uma forma e um sistema de governo. As formas de governo mais comuns são a Monarquia e a República. Os sistemas de governo mais comuns são o Presidencialismo e o Parlamentarismo. Cabe informar que o Parlamentarismo é compatível com a República (Alemanha, França e Portugal) e com a Monarquia (Inglaterra, Espanha e Japão), enquanto o Presidencialismo, em razão do Chefe de Estado e de Governo serem a mesma pessoa, o Presidente da República (Brasil e EUA), não é compatível com a Monarquia. O chamado “Semipresidencialismo” nada mais é que um eufemismo para Parlamentarismo no qual o Chefe de Estado (Presidente) tem alguns poderes a mais que no Parlamentarismo tradicional.

  • Sugestões culturais

    Um dos cadernos da Revista Conhecimento & Cidadania com publicações nos dias 15 e 30. Dica de Filme: INVENCÍVEL Com direção de Angelina Jolie Estrelado por Jack Oconell. O Filme é baseado na história de um piloto americano que após ficar 47 dias em alto-mar até ser capturado pelos japoneses e passar por provas muito duras. Vale muito a pena assistir! Dica de Livro: AS 5 LINGUAGEM DO AMOR Escrito por Gary Chapman O livro trata de auxiliar a vida dos casais que mesmo vivendo com muito amor, tem dificuldades de se fazer entender. Em sua obra, Gary, apresenta 5 formas de demonstras e perceber o amor. Dica de Poesia: Cânticos - XXI Cecília Meirelles O teu começo vem de muito longe. O teu fim termina no teu começo. Contempla-te em redor. Compara. Tudo é o mesmo. Tudo é sem mudança. Só as cores e as linhas mudaram. Que importam as cores, para o Senhor da Luz? Dentro das cores a luz é a mesma. Que importam as linhas, para o Senhor do Ritmo? Dentro das linhas o ritmo é igual. Os outros vêem com os olhos ensombrados. Que o mundo perturbou. Com as novas formas. Com as novas tintas. Tu verás com os teus olhos. Em Sabedoria. E verás muito além.

  • Vozes pela vida

    A verdade inconveniente Não há como ignorar uma tragédia que ocorreu no século passado, o holocausto, mas seria simples afirmar que o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães  enganou o povo ao ponto de pôr em prática o massacre sem ser percebido. Na realidade, o povo alemão defendia o extermínio de judeus abertamente, seja pela propaganda nazista ou, ainda pior, por acreditarem que judeus mereciam tal destino . Quando fazemos tal análise, observando do contexto atual, podemos supor que os cidadãos alemães eram seres servis ou cruéis o suficiente por aplaudir que pessoas fossem exterminadas por conta de sua etnia, ou mesmo, por sua fé. Alguns creditam tal atrocidade a um episódio isolado na história humana, contudo, se observarmos a Campanha das Quatro Pragas  que foi implementada na China, ocasião em que o governo comunista fez com que pássaros fossem exterminados em razão de uma propaganda que lhes atribuía a escassez de alimentos. Façamos uma breve reflexão para tentar entender como seriam tratados os defensores dos pássaros à época. Provavelmente seriam chamados de negacionistas ou promotores de desinformação pelo partido e provavelmente mortos ou presos. Lendo uma entrevista concedida pelo astrofísico Mario Lívio , o qual não podemos adjetivar, posto que, nosso ordenamento jurídico garante honra subjetiva ao mais abjeto dos seres humanos, percebe-se que o entrevistado, associado ao periódico, inverte totalmente a relação entre aqueles que calaram Galileu e os que são calados atualmente. A sofrível matéria desconsidera que Galileu, assim como aqueles que o entrevistado chama de negacionistas, fora impedido forçosamente de defender aquilo que acreditava, ou seja, no contexto da época Galileu era o negacionista, não aqueles que o calaram, posto que, tinham o poder de silenciar um cientista que quer apresentar sua tese e confrontar a hegemonia. Em verdade, o astrofísico Mário Lívio atua como um defensor de um “tribunal de inquisição” que considera louco e indigno de manifestar sua visão qualquer um que o contradiga. Podemos lembrar o caso do Padre Giordano Bruno, que antes de Galileu defendera abertamente a teoria heliocentrista, sendo queimado em praça pública em 17 de fevereiro de 1600, na cidade de Roma. Mas quando falamos de ciência, não de um grupo que se julga dono da verdade científica, deveríamos desconsiderar um indivíduo que é capaz de defender que cientistas sejam forçados a se calar em prol da ciência e ainda usa Galileu para justificar sua teoria, por isso, é imperioso citar parte da Declaração de Genebra. “Eu manterei o máximo respeito pela vida humana; Eu não usarei meu conhecimento médico para violar direitos humanos e liberdades civis, mesmo sob ameaça”. Invocamos ainda o Juramento de Hipócrates, que é feito pelos médicos. “Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza à perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva”. Quando se consegue convencer as pessoas que o mais adequado é calar aqueles que apresentam argumentos contrários ao que se deseja implantar, não estamos diante de uma construção científica, mas apenas de uma associação de tiranos dispostos a impor, ainda que de forma irracional, sua vontade sob as pessoas, privando-as de informações para que não possam sair de uma espécie de curral mental, aprisionando todo aquele que é considerado inferior e exterminando qualquer um que tente se levantar contra as vontades de tal grupo. Cria-se uma verdadeira caçada as bruxas, que devem ser caladas, aprisionadas ou mesmo exterminadas por serem vozes dissonantes. Ao pensar em Giordano Bruno, caberia uma reflexão. Os médicos que atualmente denunciam aquilo que consideram um risco para a saúde, poderiam ter o mesmo destino do padre, para que no futuro suas teorias fossem confirmadas, deixando mais um capítulo sombrio na história da humanidade. Se parece espantoso a comparação com o nazismo ou qualquer outro regime totalitário capaz de exterminar quem ouse falar contrário suas visões, ainda que abissais, cito trecho da brilhante decisão do Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Paulo Rangel . “Outro que sabia bem incutir no povo o medo dos inimigos foi HITLER, que através da propaganda nazista, incutiu na população o medo dos judeus e dos ciganos. Era preciso aniquilá-los para se defender”. Continua o magistrado. “A fome, a guerra, a visão da peste como punição, trazendo como contrapartida a eleição de culpados (judeus, leprosos, estrangeiros, marginais), a caça aos feiticeiros e bruxas (a caça às Bruxas de Salem na década de 1690, hoje crianças assassinas), tudo sempre em nome de um medo coletivo que se teve dos inimigos escolhidos pelo sistema da época. Tudo sempre muito bem engendrado, politicamente. Quem é o novo inimigo de hoje em pleno Século XXI? OS NÃO VACINADOS. Querem obrigar as pessoas a se vacinar e em nome dessa bondade cerceiam liberdades públicas, prendem pessoas nas ruas, nas praças, fecham praias, estabelecem lockdown. Nunca imaginei que fosse assistir aos abusos que assisti”. Restou ao Prefeito da capital fluminense tentar desqualificar a decisão, usando de ironia como subterfúgio para confundir as pessoas. “Às vezes me pergunto como algumas pessoas podem aceitar que se proíba fumar no escritório, shopping, metrô… e também aceitar que seja obrigatório o uso do cinto de segurança! Será que essas pessoas não se sentem cerceadas em suas liberdades individuais? Só para refletir”. Passamos a refletir o seguinte, as pessoas sabem que o cigarro em locais fechados causam incomodo físico a terceiros, por isso, consideram normais tais proibições, sendo assim, ao fumar em tais lugares, o indivíduo sabe que incomoda e prejudica terceiros. O que não acontece com os não vacinados, uma vez que, os vacinados devem estar protegidos pelas vacinas. No que diz respeito ao uso do cinto de segurança, poder-se-ia indagar qual a consequência danosa o uso do cinto pode trazer ao usuário, bem como, por qual motivo tal aparato, se protege mesmo vidas, não é exigido em coletivos? Lembrando que coletivos não possuem air-bags nos bancos de passageiros. Também caberia o Chefe do Executivo carioca explicar como os transportes de massa contribuíram no, tão importante, isolamento social. Estaríamos diante de uma doença seletiva ou de uma ciência mutante? Talvez na roda de samba o vírus não se propague. A decisão do magistrado foi afastada pelo Supremo Tribunal Federal, que posteriormente, em uma decisão monocrática já revogada pelo mesmo prolator da decisão, institui o desterro ou banimento no Brasil, algo que é vedado até mesmo para criminosos em nossa Constituição ( art. 5º, XLVII, d ). Podemos imaginar que talvez um criminoso na Alemanha Nazista tivesse um tratamento mais humano que um judeu, o que parece ser o mesmo conceito aplicado aos não vacinados, parece que o maior crime em um país tomado pela loucura é manifestar-se de forma que contrarie os donos do poder, ou mesmo, apenas buscar viver fora do alcance de sua batuta. Mais uma vez o leitor pode acreditar que trata-se de um exagero ou uma figura de linguagem, mas basta ver o Projeto de Lei nº 5555 de 2020 , em que um Senador da República propõe uma pena de até 08 anos para que não se submeter à vacinação, submeter seus filhos forçadamente ao experimento, e para ser ainda mais sem sentido, a norma, se aprovada, permitirá a punição com igual pena para “quem, de qualquer modo, desestimula a vacinação”. Analisado a proposta podemos concluir duas coisas alarmantes, sendo a legitimação da caçada humana. O primeiro ponto que causa grande espanto é a pena máxima, que pode ser vista em crimes como a redução a condição análoga de escravo, tráfico de pessoas, constituição de milícia privada e atentado a soberania. De forma que os não vacinados seriam tratados como criminosos perigosos. O segundo fator extremamente preocupante é quando o projeto criminaliza quem desestimula a vacinação, pois, neste ponto, o legislador tenta criminalizar alguém pela opinião, ainda que verdadeira. Basta a leitura para concluir. “§ 1º - Na mesma pena incorre quem cria, divulga ou propaga, por qualquer meio, notícias falsas sobre as vacinas do programa nacional de imunização ou sobre sua eficácia, ou quem, de qualquer modo, desestimula a vacinação”. Veja que ele separa a parte em que trata da “notícia falsa”, termo extremamente controverso, daquele que desestimula a vacinação, posto que, no caso do final do parágrafo, pune-se alguém que dissemine uma informação verdadeira, ou seja, calando sob pena de reclusão aquele que diz a verdade inconveniente. O Senador, que preside a famigerada CPMI das fakenews, parece ter uma natural inclinação em perseguir vozes dissonantes, em que pese estejam falando a verdade, um verdadeiro perigo para a liberdade. Tal projeto de lei, uma vez aprovado, permitirá a perseguição aberta de todos que não se submetam à vacinação, permitindo a marcação do povo como o selo de submissão, chamado de passaporte sanitário. Profissionais de saúde que vejam nas vacinas um risco aos seus pacientes deverão se calar, sob pena de prisão. Grupos como o Médicos pela Vida , que tem sido exposto aos ataques infundados da grande mídia e de algumas autoridades transloucadas, seriam considerados como espécies de organizações criminosas, pelo simples fato de alertarem as pessoas para um risco que percebem como alarmante. Os chamados negacionistas, pessoas que os poderosos querem calar por não conseguirem afastar seus argumentos, serão tratados como marginais, se bem que, os marginais estão sendo cada vez mais beneficiados. Pode ser que o afrouxamento das condições dos criminosos seja para que as cadeias se destinem aos não vacinados e negacionistas, os novos judeus. A Província de Formosa na Argentina tem sido um exemplo do que um Estado autoritário pode fazer com aqueles que não se curvam as medidas totalitárias, mas há um caso curioso na Austrália, em que um jornal afirma não haver campos de concentração , mas não consegue afastar o totalitarismo desmedido da ação dos agentes daquele país. “A mulher afirma que as regras não fazem sentido e o funcionário responde que elas não precisam fazer sentido , já que todos os locais precisam ter regras e aquelas são a de lá”. Honestamente, confesso que imaginei o funcionário australiano trajando um uniforme da Schutzstaffel , haja vista, o argumento apresentado por ele. Mas a pecha de negacionista recairá na interlocutora do capanga da elite totalitária. Segundo o jornal, a Austrália não faz distinção entre vacinados ou não vacinados, mantendo todos em um isolamento por cerca de quatorze dias, mas durante tal período o tratamento é bem próximo de um campo de concentração. A prática de trancar pessoas por opinião ou pelo que acreditam vem se reestabelecendo em todo o mundo, basta ver o tratamento dado pelo Partido Comunista Chinês ao que estão nos campos de reeducação de Xinjiang. Tais abusos têm sido normalizados e a pandemia tem contribuído de forma incontestável para a aceleração do processo de cerceamento de liberdades. Tentar calar médicos que alertam para um possível mal e ainda coagir as pessoas a serem cobaias de um experimento, sem apresentar argumentos que possam convencê-las, mas pela força de um Estado tomado de tiranos, deveria ser uma atitude considerada estranha ou abominável, mas o pânico que foi criado pela pandemia, não pelo número de óbitos invocado incessantemente nos meios de comunicação, mas pelas restrições de liberdades impostas, medidas que apavoraram cidadãos ao ponto de vigiarem outros cidadãos, denunciando até mesmo festas em família. Condicionar pessoas para que entreguem outras aos tiranos fica ainda mais fácil quando o medo é incutido em suas mentes, levando-os a colaborar com o sistema, por pior que seja, algo típico de países totalitários . Um artifício também muito usado foi a criação, proposital, do chamado “novo normal”, fazendo com que as liberdades, incluindo o sentimento de liberdade, fossem suprimidas de forma acelerada, poucas vezes gradualmente, mergulhando pessoas em uma prisão emocional da qual queriam se ver livre à qualquer preço, reduzindo o senso crítico e compelindo a aceitar regras por serem regras, mesmo quando não faziam sentido. Digamos que o agente australiano apenas traduziu em poucas palavras o que diversos governos colocaram em prática. Uma vez aprisionado, o cidadão pode ceder algo que lhe é caro para se ver livre, basta ver quantos foram os presos que confessaram crimes que não cometeram . Por tal razão, a prisão mental em que todos se viram, enfraqueceu a moral de muitos que, simplesmente se dobraram aos tiranos por estarem ansiosos para recuperar a liberdade ora perdida. Aí reside o segredo, tal liberdade não deve ser devolvida, pois o objetivo central era capturar ela e não a saúde. Fazendo um parêntese, lembro-me de um antigo desenho animado que no Brasil recebeu o nome de Caverna do Dragão, baseado no RPG Dungeons & Dragons (nome original do desenho em inglês), a série retrata um grupo de jovens que se envolvem em inúmeras aventuras tentando voltar para casa, não debatendo a mensagem do desenho, mas o fato de nunca conseguirem o tão desejado retorno, uma vez que, sempre há um empecilho que só é observado no momento em que estão prestes a alcançarem seu objetivo. O nome da série de desenho animado é comumente associado ao lugar do qual é difícil sair, ou seja, que sempre haverá obstáculos que dificultem a saída. O cidadão, assimilando o “novo normal” que foi imposto como apenas um termo mas resultou em diversas restrições, esperava se libertar dessa realidade artificialmente criada submetendo-se aos caprichos dos mesmos tiranos que lhe furtaram a liberdade. Seguindo no “caminho de volta para casa”, aceitou as máscaras sem questionar qual era a proteção dada, lembrando que muitas eram feitas em casa sem quaisquer filtros, sendo apenas um símbolo da submissão. Evitou contato humano, deixando de ver seus parentes e de se reunir, mas utilizou transportes de massa. Aceitaram abrir mão de cultos religiosos e tiveram suas atividades suspensas, alguns perderam emprego e outros faliram, em contrapartida, assistiram a imprensa se dizer como essencial, como se o sustento de cada um não fosse essencial. Um prefeito que soldava portas de loja foi flagrado em um estádio de futebol lotado na capital do estado vizinho, mesmo, mesmo destino que o Governador de seu estado curtia uma piscina e sol, mas impunha restrições aos cidadãos. Por outro lado, questionar as vacinas premia qualquer um com o título de louco, ainda que um famosos ator tenha falecido ao ser contaminado pelo vírus após a segunda dose da vacina, bem como, um cantor de grande notoriedade tenha sido diagnosticado com a doença após a terceira dose . As vacinas eram a esperança, não científica, mas social, pois libertaria todo aquele que aceitasse colaborar com o experimento, mas, novamente existiam empecilhos, de maneira que os vacinados não puderam deixar as máscaras, continuaram sofrendo restrições e foram submetidos à chamada dose de reforço, uma terceira dose não prevista no início da experiência, tendo aceitado a constante mudança de posicionamento da “ciência”, basta ver que em um primeiro momento o Governo do estado de São Paulo rechaça uma terceira dose e, poucos meses depois, já está aplicando a tal dose de reforço . No Chile já se fala em quarta dose, entretanto, nos EUA o entendimento é que ainda não se deve utilizar uma quarta dose, sem saber os resultados da terceira no que tange à imunização, em Israel , país cujo governo parece tratar a vacinação como uma disputa internacional, preocupando-se em estar à frente dos demais, a quarta dose torna-se uma realidade, ainda que não existam dados que a justifiquem. A “ciência” entre os poderosos pode ser bem volátil, mas quem ousar questionar é considerado como um negacionista e, em breve, poderá ser um criminoso perigoso. O principal questionamento circunda à mente humana é como as pessoas têm se dobrado à tanta tirania, tendo em vista o tanto de contradições explícitas que são deliberadamente ignoradas por grande parte das pessoas, mesmo o misto de vacinas está sendo assimilado, ainda que algumas vacinas tenham tecnologias distintas, as pessoas engoliram que pode-se reforçar uma vacina com outra, graças aos estudos realizados por pessoas diretamente envolvidas com a fabricação das vacinas, trazendo a informação que seria ainda mais eficaz misturar vacinas. Recentemente a Câmara dos Deputados impôs a cobrança do passaporte sanitário aos servidores, visitantes e jornalistas, mas não exigiu que os parlamentares tivessem que se vacinar, deixando claro que se trata de uma relação de poder e não de saúde. Em um outro lado, aquele que a grande mídia não quer ver e toda a elite precisa calar, estão médicos e parentes de vítimas dos efeitos colaterais ou naturais das vacinas, que buscam alertar as pessoas para que conheçam dos resultados adversos de uma tecnologia experimental. Segundo alguns alertas as vacinas de mRNA mensageiro seriam, na verdade, terapia gênica . O maior questionamento a ser feito é justamento o motivo de tentarem calar qualquer afirmação que seja dissonante, ou seja, se não for dito algo conforme a vontade dos “donos da ciência”, a voz que se levantou deve ser silenciada a todo custo. O espantoso é ver pessoas aceitarem isso com naturalidade. Trago aqui um episódio para reflexão dos leitores, o que podemos consideram como mais uma interpretação no mínimo duvidosa por parte de quem deseja encobrir qualquer discurso indesejável, ainda que do Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde. No vídeo o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus teria dito o seguinte, “ Em vez de como nós estamos vendo, alguns países estão usando-as como doses de reforços para matar crianças ”, tendo o Twitter removido o vídeo com as legendas alegando que viola as regras da plataforma. Entretanto, ainda mais ousado foi um site Yahoo Esportes que fez uma contorcionismo para dar sua interpretação à fala do Diretor da OMS, tragicômico, mas sua versão tosca será estabelecida como verdade inconteste em alguns dias. Tentando justificar que foi dada interpretação errônea ao pronunciamento do Diretor da OMS os “ checadores ” fazem a mirabolante construção. “A OMS disse à AFP em 23 de dezembro de 2021 que Adhanom hesitou na primeira sílaba da palavra em inglês “children”, “crianças” em português. Segundo a OMS, na coletiva de imprensa do último dia 20 de dezembro, “quando [Adhanom] pronunciou a palavra ‘crianças’, hesitou na primeira sílaba, ‘chil’, e, então, soou como ‘cil / kil’”. “Então ele pronunciou a mesma sílaba imediatamente depois, e pertencia a ‘cil-children’. Qualquer outra interpretação diferente disso é 100% incorreta”, acrescentou o organismo”. Nota-se que mencionam uma captura de tela do dia 23 de dezembro de 2021, contudo, o discurso original ocorreu em 20 de dezembro, o organismo poderia ter corrigido o que foi falado. No momento da fala, o Diretor da OMS não estava lendo uma nota, como no início do vídeo. A suposta hesitação no pronunciamento não é vista no vídeo, bem como, a pronuncia da primeira sílaba de children é bem distante da palavra kill , o que é de se estranhar quando aquele que teria hesitado fez seu mestrado na Universidade de Londres e Ph.D na Universidade de Nottingham, o que faz presumir ter uma boa pronuncia em inglês, o que é perceptível no restante do vídeo. Para expor os efeitos adversos das vacinas, ou terapias gênicas, e o que está por trás de sua precoce aprovação, nada melhor que trazer uma profissional da área que está disposta a enfrentar gigantes para defender a vida e alertar sobre os riscos que as pessoas estão correndo. Há uma clara proibição, incluindo dos profissionais de saúde, no que toca aos alertas contra efeitos maléficos das vacinas, desejados ou não. Enquanto aos defensores do experimento é permitido falar, aos que se opõe é imposto a censura. Por isso, é importante conhecer todos os argumentos, inclusive destes que estão sendo calados para que a decisão seja a melhor possível. A variante Ômicron, que apresenta baixo índice de letalidade , tornou-se a justificativa para a aplicação de novas restrições, ou mesmo, uma quarta dose, o que não pode ser contestado, ainda que Portugal tenha uma grande cobertura vacinal e avance nos números de infectados. Tal cepa se tornou o empecilho para voltar ao normal, estendendo as práticas autoritárias, evitando que aqueles que se curvaram aos tiranos consigam sair da “caverna do dragão”. Ainda não entenderam que haverá o tanto de doses que julgarem necessárias para quebrar o espírito humano, que serão colocadas restrições até que a vontade seja dominada, e, que surgiram narrativas para incutir o medo e o desespero nas pessoas, escravizando-as. Novas restrições, ou as mesmas com novos adereços, serão impostas em diversos países, a exigência de passaportes sanitários e medidas de isolamento serão colocadas em prática, mesmo não tendo evitado a expansão das cepas anteriores e causando prejuízos diversos. Parece que o problema da França não é a cepa Ômicron, mas seu Presidente, o Macron. Em outro espectro, os “donos inquestionáveis da ciência” tentam criminalizar o governo brasileiro por “ ameaçar ” divulgar os nomes dos responsáveis pela aprovação das vacinas, parece que o Princípio da Publicidade , ainda que esculpido na Constituição, tornou-se anticientífico e negacionista, tendo o mesmo destino da imunidade material do parlamentar , a lixeira do judiciário. Na verdade, não divulgar os nomes dos técnicos seria omitir uma informação de grande relevância, por dois motivos, uma vez que, o responsável por avalizar um produto endossa sua qualidade, logo, quanto melhor a qualificação do profissional aos olhos do destinatário do produto, mais confiável seria o mesmo. Por outro lado, permite avaliar se o responsável pela aprovação tem interesse diverso do bem comum que possa viciar sua decisão. Não há motivos para se esconder nas sombras. Para quem eventualmente acuse a Revista Conhecimento & Cidadania  de trazer somente a versão de um dos lados, a resposta é simples, as versões do outro lado, ainda que de cunho meramente emocional, estão expostas em toda a grande mídia. Caso preocupante é o do Dr. Robert Malone , um dos inventores da tecnologia mRNA que foi tratado como mentiroso pelas agências de checagem, entidades que merecem ser desmascaradas, como não sendo o inventor, além de disseminar notícias falsas sobre o tema. Tais agências deixam de mencionar que ele trata da temática desde 1988, quando terapias genicas não eram difundidas. O cientista foi perseguido e virou alvo de ataques por alertar os riscos da terapia ainda precoce . “O pesquisador tem mais de trinta anos de experiência na área de vacinas. Ele descobriu a transfecção de RNA e explicou que enquanto estava no Instituto Salk em San Diego, em 1988, ele inventou as vacinas mRNA. Sua pesquisa continuou no ano seguinte em uma empresa farmacêutica chamada Vical, e entre 1988 e 1989 Malone escreveu revelações de patentes para vacinas contra o mRNA. Depois de dar múltiplos avisos sobre os perigos colocados pela tecnologia RNA utilizada nas vacinas COVID-19, Malone foi removido da Wikipedia e temporariamente retirado do LinkedIn em julho de 2021”. Antes que seja criminalizado falar a verdade, penso que já aconteceu, deixo a leitura da palestra da Dra. Maria Emília Gadelha Serra, lembrando que a profissional é constantemente atacada pela mídia e, em outros tempos, poderia ser presa ou queimada em uma fogueira. Torcemos para que tais dias não voltem. Refletir e buscar informações diversas é de extrema necessidade nos dias atuais, por isso, tentam controlar quem pode falar e o que é a verdade. Lutemos e oremos por dias melhores. Texto publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. I N.º 02 - ISSN 2764-3867

  • O que é Estado?

    O Estado tem como elementos essenciais o povo, território e a soberania, sem os quais não pode existir. Define-se como povo, assentado em um determinado território com poder originário de mando. O povo é um grupo de pessoas unidas por laços culturais, tais como história, língua e outros fatores. Não podemos confundir povo e população, posto que, este último considera todos que se fazem presentes em um território, ainda que sem nenhuma ligação. Um estrangeiro no território brasileiro não integra o povo do Brasil, sendo parte da população, entretanto, um brasileiro, ainda que no exterior é parte do povo brasileiro. Serviços como saúde, segurança e infraestrutura atendem toda a população, todavia, a soberania em uma democracia é exercida pelo povo, somente estes podem eleger seus representantes, sendo a sua vontade que regulará o Estado. O território é o espaço físico ocupado pelo Estado, sem ele não há como o povo exercer sua soberania, pois não tem como afirmar que sua vontade será considerada como regra. A soberania, que é a capacidade de se auto governar, permite que o Estado possa exercer seu domínio em um determinado território. Uma colônia, província ou qualquer território pertencente ao Estado, não pode ser considerado de forma independente um Estado, pois carece de soberania. A soberania é o poder originário de mando e impede a submissão de um Estado a outro, nota-se que no Brasil, assim como nos EUA, temos uma figura chamada estado-membro, que leva alguns a confundir com o Estado aqui apresentado, mas devemos lembrar que estados-membros não tem soberania, pois estão afetos ao ordenamento jurídico nacional, logo, possuem somente autonomia. Os estados-membros são entes federativos e integram, junto aos demais entes, o Estado brasileiro, este sim, soberano. Normalmente tratamos pelo nome estado os estados-membros, mas precisamos lembram que não são países, logo, não são Estados. Os entes federativos serão tratados em um estudo futuro. Formas de Estados O Estado pode ser unitário, uma confederação ou uma federação. Estado unitário, normalmente são países com menor extensão territorial, tem um poder central e não se divide em entes. Os poderes são concentrados, podendo ter cidades com certa autonomia. É o caso de Portugal. A confederação é a união de mais de um Estado para formar um único, cada um deles é soberano, mas fazem um acordo e criam um poder central. Este tipo de Estado é comum para evitar hostilidades ou quando um dos Estados anexa forçadamente outros. Um exemplo de confederação é a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, no caso houve anexações voluntárias e forçadas. A federação é um Estado que se divide em entes dotados de autonomia (não confundir com soberania) para facilitar a distribuição de funções. Normalmente é um país com vasta extensão territorial, precisando dividir suas funções em entes locais e regionais. O Brasil é uma federação, por isso temos entes federativos dotados de autonomia, como por exemplo os estados-membros.

  • Pode alguém trazer uma mensagem do qual não seja o portador?

    Sempre que mencionamos a palavra ordem, geralmente ligamos seu significado a um mandamento direto, baseado numa hierarquia institucional. Podemos também pensar em organização, mas a organização não surtirá o efeito desejado enquanto não houver ordem. Como sempre, a ideia é trazer clareza sobre os temas propostos, de maneira que, seja qual for o nível intelectual do leitor ele possa compreender, absorver o conceito na prática e a partir daí, fazer própria a virtude exposta; e só assim podemos promover cultura, ou seja, quando por compreensão agimos em direção as virtudes, aquelas que são na verdade, nossa esperança de um mundo melhor. Para além dos conceitos básicos é preciso apresentar o conceito original; original no sentido de definição, pois conceitos existem vários. Vou tomar como exemplo o conceito grego. Para os Gregos, em qualquer época, "ORDEM" É uma lei da Natureza, uma inteligência que rege a organização de todo o Cosmos. Exemplo: existe a trilogia, Theos, Caos, Cosmos. Ainda que organizados só promovem uma ação concreta quando entram em ordem, e é a seguinte: Caos, é a matéria sem forma. Theos, é a inteligência que vai promover a ordem e gerar o Cosmos. Ou seja, o universo é o resultado da ordem na matéria. Um organismo é organizado, mas a ordem lhe dará vida. Não esqueçamos que a “Ordem”, é uma lei universal, e como toda a lei, se infrigimos, temos consequências. Imagine se o Universo, embora organizado perdesse sua ordem? Imagine teu corpo, embora organizado perdesse sua ordem? O coração agindo como fígado, os rins agindo como pulmão, o nariz fazendo o papel dos olhos e assim nessa desordem. Podemos sobreviver nessa vida, sem ordem? Espero que tenha ficado claro, pois é importante saber que tudo o que há no universo é matéria. Nos nossos dias, o que mais se deseja é trazer a ordem tão presente na civilização ocidental dês de os tempos áureos. Agora pensemos... Quem é o agente, seja da ordem ou do caos? Sim, somos nós enquanto cidadãos. Tenho reparado em muitos discursos o quanto se fala em totalitarismo e afins como culpados por todas as nossas mazelas, mas precisamos perguntar se foram eles que trouxeram nossa civilização até aqui ou fomos nós que por interesses outros, abandonamos nossos pilares? Se negociamos nossos tesouros com o inimigo é inevitável sermos os mais prejudicados, pois sem as bases, ficamos vulneráveis, e estamos ou não vulneráveis a todo tipo de totalitarismo nesse momento? Entre os conservadores, vemos um despertar mais intuitivo que consciente. Muitos querem de volta seus valores como uma criança que perdeu seu brinquedo e agora quer tomar a força o brinquedo do amigo por que lhe parece seu. É preciso ordenar nosso ativismo através de pequenas militâncias, sim, como um processo educacional. É preciso reconhecer no quê e quando erramos, para a partir daí, pormos ordem e organizar a retomada dos nossos valores. E, porque é importante entender sobre a “Ordem”? Existe uma frase famosa que diz: “Se quer mudar o mundo, comece arrumando sua cama.” Ela foi dita em uma palestra pelo ex Almirante da Marinha Americana, Willian Mc Craven, e está de acordo com o que dizem os livros sagrados (todos) e todos os filósofos clássicos. Em resumo, a mudança, seja ela qual for deve começar em nós. Nós devemos ser os portadores dos princípios outrora negociados e não importa por quem ou quando, o que importa é que precisamos dar abrigo às virtudes que precisam se manifestar neste vácuo deixado por sua falta, causando a desordem estabelecida em nossos dias, e isso é inegociável. Assumamos nossas posições e façamos isso com maturidade, perseverança e constância; vamos, palmo a palmo num tempo talvez bem maior que levamos pra chegar até este estado decadente, recuperar nosso tesouro. Isso faremos sem temor das perdas temporárias e inevitáveis, mas com a honra de quem traz sobre os ombros a decisão de fazer valer nossos valores, como nossos antepassados outrora lutaram para fincálos em nossos corações. Que tal começar ordenando nossas próprias vidas? Cuidando do que pensamos, falamos, assistimos, ouvimos, etc... Quando entramos em contato com esta ordem, temos força moral para trazer de volta o que nos tiraram e sem fugir da nossa responsabilidade, reconheçamos que sim, negociamos... A pergunta que não quer calar é: Como posso trazer esta ordem para minha vida e consequente para nossa nação? A Bíblia Sagrada nos dá uma dica em Mateus 6:10. Está escrito: venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade... Comecemos trazendo os ideais de Deus (não os da religião) para nossas vidas e seremos respaldados por valores que nem o implacável tempo conseguiu destruir. Reflexão: A ordem que quero no mundo, devo estabelecer primeiro em mim. Que Deus abençoe nossa jornada!

  • Sugestões culturais

    Dica de Filme: AO MESTRE COM CARINHO Um belíssimo filme de 1967 Dirigido por James clavell. Estrelado por Sidney Poitier e Suzy Kendall Sinopse: Um engenheiro aceita lecionar numa escola barra-pesada em Londres, onde se depara com um grupo de adolescentes rebeldes determinados a expulsá-lo do cargo. Tratados com respeito, os alunos abandonam o comportamento hostil, se afeiçoando ao mestre. Vale a pena assistir. Dica de livro: PAIS BRILHANTES, PROFESSORES FASCINANTES Do consagrado psiquiatra, educador e escritor, Augusto Cury. (Ex Ateu, convertido ao cristianismo). A obra traz alguns temas fundamentais para pais e Professores que tem no coração o objetivo claro de formar um caráter nobre em seus filhos e alunos. Como proposto por Cury, a obra contém ferramentas para promover a formação de pensadores, educar a emoção, expandir os horizontes da inteligência e produzir qualidade de vida. Uma obra imperdível para quem quer ajudar a recuperar nossa juventude. Dica de Melodia: VALSA DA HELENA (Melodias da Cecília) Clique aqui e ouça: https://www.youtube.com/watch?v=siQygWvcYuw Dica de Poema: Autores: Hugo Marcon e Edson Araujo O HOMEM NOVO Dá-me a mão e te manterei forte além do tempo. Envolva teu corpo em meu manto, faz teu companheiro o meu canto. Feliz é aquele que a mim se faz conhecer. Tu, homem, tens o importante papel de dar-me vida. Isto, tu fazes quando me tornas o adjetivo próprio daquele que tem como única saída a vitória. Trago comigo a beleza e com ela ornamento a vida daquele que, de homem comum, ergue-se para ser herói, divino em sua atitude. És tu homem jovem, sim, tu que és o portador da juventude. São belos os homens que nascem do ouro, Sagrada é a vida, que anima os seres Eternos e jovens, o velho e o novo A fonte Divina centelha dos Deuses, Renasce do fogo e mergulha nas águas, Somos um em verdade, uma grande família Nossa identidade, descobrimos na trilha No caminho de ouro retornamos pra casa, Na bondade do Belo, na Beleza do Justo, Na trilha do sábio, que leva ao mistério, Na verdade, és tu, homem novo e puro A chave do Bom do Justo e do Belo

  • Primeira aula no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PMERJ

    Projeto implementado, gratuitamente, para filhos, enteados, sobrinhos e netos de policiais e bombeiros militares do Rio de Janeiro. O curso é anual e traz a proposta de aulas de noções de Direito para alunos do ensino fundamental II e ensino médio, com uma linguagem simplificada e didática. O professor é sargento da PMERJ e em suas folgas partilha seus conhecimentos, algo que lhe dá muita alegria ao ver o entusiasmo dos seus alunos. As aulas são gravadas e enviadas para escolas da rede pública cadastradas no projeto. Hoje, contamos com 5 escolas espalhadas pelo Brasil, incluindo uma indígena e duas militares. Interessados entre em contato!! #comconhecimentoseconstroicidadania #direitonasescolas

  • Curso Direito nas Escolas Gratuito no CFAP/31 de Voluntários

    O Projeto Direito nas Escolas está oferecendo curso GRATUITO de noções de Direito para filhos* de policiais militares e bombeiros militares, que estejam cursando do 8º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. O curso será realizado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, situado à Av. Marechal Fontenele, 2906 - Jardim Sulacap, Rio de Janeiro, tendo em vista que, o Comando da mencionada unidade de ensino cedeu gratuitamente uma de suas salas para que as aulas sejam ministradas. O curso não é preparatório, por ora tem como objetivo o aprendizado básico do Direito, de conceitos de Estado ao direito civil. Será realizado no contraturno em relação ao período escolar. Aulas com o Professor Leandro Costa – Sargento da PMERJ. * Serão admitidos filhos, enteados, netos e sobrinhos de policiais militares e bombeiros da ativa, veteranos e falecidos (pensionista será responsável pelo aluno). Faça já a inscrição e possibilite que as futuras gerações tenham mais conhecimento! CLIQUE NO LINK: https://forms.gle/iApKSWdLRA5sP2eH9

  • Aulas de noções de Direito Constitucional, Administrativo, Penal e Civil

    Curso totalmente online e GRATUITO. Público alvo: qualquer pessoa interessada em aprender o básico da ciência jurídica, inclusive alunos do ensino fundamental II e médio. Nossa proposta é ensinar noções de Direito a quem tiver interesse, utilizando uma linguagem simplificada para que possam compreender esta ciência. O curso foi implementado no CFAP/ PMERJ no início do ano corrente para alunos do ensino fundamental II e ensino médio, filhos, enteados, sobrinhos e netos de policiais e bombeiros militares. Essas aulas são gravadas e enviadas às escolas cadastradas, no momento possuímos 5 (cinco) em todo o Brasil, incluindo uma indígena. Devido ao sucesso que obtivemos iremos disponibilizar essas aulas para quem realizar o cadastro. Não precisa ser estudante, não possui limite de idade, basta querer adquirir conhecimento em Ciência Jurídica. Como funcionará Início dia 04/10/2021 toda semana enviaremos dois links com as aulas, por e-mail e grupo no Telegram. Após o preenchimento do cadastro: https://forms.gle/NUK44ZtxhQVLRjqRA você receberá um e-mail confirmando sua matrícula e o link para entrar no grupo do Telegram, caso seja de seu interesse. Os dados para matrícula são apenas: nome completo, e-mail e sua cidade. Ao término do curso será enviado, por e-mail, o Certificado. Faça sua inscrição e espalhe para seus amigos e familiares!

  • Não alimente o monstro

    É certo dizer que o marxismo cultural tem uma natureza complexa, enganando os menos desavisados e até mesmo os mais capazes, não é fácil identificar suas facetas em um relance, ainda que sejas perspicaz, e para melhor ilustrar, utilizaremos como base a mitológica besta denominada Hidra de Lerna. O referido monstro, filho do mais temível dos titãs e Equidna, com seu corpo de dragão e várias cabeças capazes de se regenerar, guarda tamanha semelhança com a besta da atualidade, que além da gritante capacidade de destruir, tem como mais marcante característica a possibilidade de regenerar suas cabeças, ainda que decepadas. É inconteste a semelhança entre a referida besta mitológica e socialismo, monstro que se alimenta do sangue humano e ironicamente usa o vermelho como cor simbólica, talvez, fazendo uma justa homenagem aos incontáveis litros do líquido escarlate que espalhou em todo o canto ao qual chegou ao poder. Ambos são naturalmente destrutivos, o hálito venenoso da besta e sua fome por carne humana podem ser igualmente vistos na gana destrutiva difundida pelos revolucionários, seu ódio recorrente por todos que não se curvam a sua sede pelo poder e sua fome até de vidas intrauterinas é algo que pões até mesmo a mais asquerosas das criaturas em uma posição de maior valor existencial. A mais espantosas das similaridades entre ambos é a capacidade de regenerar suas cabeças, posto que, é evidente que os revolucionários se reinventam incansavelmente na sua doentia busca por poder, demostrando-se, realmente dispostos a regenerar sua face bestial, tantas vezes quanto forem necessárias para exalar seu bafo assassino. Sendo, portanto, imprescindível que cada uma cabeça ceifada não possa ressurgir como outro igual ou ainda pior, como nas versões em que a besta da mitologia, que era capaz de substituir uma de suas cabeças mutiladas por duas. Por tal razão, devemos sempre ser vigilantes em relação ao mal, sabendo que ele agirá como a água que procura uma brecha para forçar sua passagem, e, assim como a Hidra de Lerna, não dar-se-á ´por vencida quando tiver suas cabeças decepadas, ressurgindo da forma que lhe melhor convir para, novamente, atacar com igual ou mais força em busca de sangue humano para seu deleite. As múltiplas face do movimento revolucionário residem nas mais tênues defesas de pautas, que parecem justas à primeira vista, até os mais radicais ataques aos que têm a petulância de se opor a sua busca pelo poder. Destaca-se a corrupção com uma destas faces, provavelmente a que mais alimente o monstro, tendo a capacidade de fazer com que a besta, não a mitológica, seja capaz de engolir a alma daquele que não comunga de sua fome pela carne humana, colabora pelo desfecho atroz tanto desejado pela revolução. Quantos são os indivíduos que, movidos pela ganância, servem ao mal e “cafetinam” o futuro de seus próprios filhos acreditando ser a recompensa imediata é o suficiente. Ao se perceber a defesa da ideologia de gênero, do aborto e outras tantas pautas que nada mais são que faces da revolução se alvitrando, é dever daquele que espia tal movimento atuar no sentido de combater tal besta, de tal sorte, é imperioso que todo bom homem recuse-se a sucumbir ao sedutor chamado da corrupção, uma vez que, esta consumirá sua alma, tornando o corrupto um serviçal da revolução. Não se está insinuando que toda a corrupção reside do lado dos revolucionários, infelizmente, todos estão sujeitos ao fracasso moral, mas, por outro lado, cabe apontar que para pôr a revolução em prática, os adeptos de tal visão jamais se furtarão de praticar a corrupção, se acreditarem que está se justifica como meio de ascensão ao poder. A corrupção é uma besta que não se satisfará ao consumir a ala do corruptor ou do corrompido, buscará alimentar-se de tantas vidas o quanto puder cativar, logo, tendo sido alimentada por uma mão, tentará compelir aos demais que também a alimentem, seguindo a lógica de que o indivíduo que se mantiver inabalável, virtuoso, é um obstáculo a ser superado, um inimigo a ser batido ou apenas mais uma vida a ser devorada, em que pese, este não deseje se corromper. Quando você alimenta a corrupção, não está destruindo apenas sua alma, mas a fortalecendo para que tente devorar as dos outros. Por isso é importante que, assim como todas as demais cabeças, esta face da besta seja decapitada e cauterizada, como no mito de Herácles, evitando assim que siga seus desígnios doentios atrás de novas almas, destruindo os bons que se opuserem ao monstro. Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania  Vol. I N.º 03 - ISSN 2764-3867

  • O caminho para o Olimpo

    Belerofonte ou Hércules Ambos os semideuses, no ápice de sua glória, seguiram na direção da morada dos deuses, mas tiveram destinos diferentes. Filho do deus Poseidon e uma humana, o herói mítico Belerofonte enfrentou o ostracismo de Corinto, cidade em que outrora fora amado, por ter assassinado um tirano de nome Bellerus, encontrou abrigo ao servir o Rei Preto, porém, ao ser desejado pela rainha, recusou-se a relacionar-se com a mesma, seja por temor ou lealdade ao senhor que o acolhera. A rainha, amargurada pela rejeição, fez com que seu esposo acreditasse que Belerofonte era quem tinha tentado contra a união dos monarcas, de maneira que o herói é enviado ao reino do sogro de Preto, para que tivesse um terrível destino. O Rei Iobátes, soube que a intenção de seu genro, o Rei Preto, era a morte de Belerofonte, entretanto, já havia hospedado o herói, e, sabendo do desapreço que os deuses do Olimpo nutriam em relação aos que desrespeitavam a lei da hospedagem, não poderia dar cabo da vida de seu mais novo hóspede. Iobátes então envia Belerofonte em uma missão suicida, deveria o mesmo matar a besta que assolava seu reino, todavia, o mítico filho do rei dos mares retorna triunfante de sua intenta montado sob o cavalo alado Pégaso. Outras tantas missões lhe foram confiadas e, sempre, o herói regressava triunfante, fazendo com que Iobátes desse a mão de sua filha Filonoé, com quem teve quatro filhos, entre os quais a filha Laodameia, que com Zeus gerou Sarpedão. No ápice de sua glória, Belerofonte tentou alçar o Olimpo voando em seu cavalo alado, mas Zeus, furioso com tamanha ousadia, mandou que uma vespa ferroasse o animal, tendo o herói caído ao solo. Atena não deixou que o mesmo morresse, mas vivo e ferido, restou-lhe passar o resto de sua vida como um andarilho coxo que procurava Pégaso, sem saber que o lendário equino fora transformado pelo rei do Olimpo em uma constelação. O mais conhecido herói da mitologia grega, Hércules ou Herácles , filho bastardo de Zeus com a Rainha de Tirinto, Alcmena, assim como seu primo Belerofonte, sofrera um revés que o fez servir a um rei que o mandou em diversas missões, que tinham como objetivo, a morte do herói. Enlouquecido por Hera, o herói mata sua esposa e filhos, tendo que servir ao seu primo Euristeu, o Rei de Micena e Tirinto, que lhe enviou para cumprir tarefas que para o rei, resultariam na morte do mesmo, mas para Hércules, traria a redenção por seu hediondo pecado. Após cumpridos os doze trabalhos, Hércules é agraciado com a imortalidade e, quando seu corpo padece por conta de uma veste envenenada, é levado ao Olimpo e acolhido por Hera, adotando assim o nome Herácles, que significa Glória de Hera, até então o herói chamava-se Alcides, e casa-se com Hebe, deusa da juventude, filha de Zeus e Hera. Ascensão ao Olimpo , traz a reflexão que comparando ambos os mitos chegamos a simples conclusão que, infortúnios podem e devem ser superados, mas o reconhecimento não pode ser exigido, o caminho mais fácil não o levará ao seu objetivo, a forma afoita a qual Belerofonte se lança ao Olimpo, sem que fosse aclamado, difere de seu primo mais famoso, que não tinha como objetivo a morada dos deuses, mas a redenção por seus erros e, por isso, obteve a graça relegada ao cavaleiro. É imprescindível ao ser humano, que sua virtude não seja um artifício para obter recompensas e, todo o reconhecimento seja lhe dado de forma natural, compreendendo que para galgar uma montanha, ainda que em seu topo esteja situada a morada dos deuses, cada passo deve ser dado com sabedoria. Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania  Vol. I N. 04 – ISSN 2764-3867

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