Um povo sem símbolos é um povo sem identidade
Para que a esquerda consiga êxito em seus planos é necessário que algumas etapas sejam concluídas. Uma destas etapas é a destruição do conceito de soberania nacional, a começar pela abolição da propriedade privada. Karl Marx, na obra “O Manifesto Comunista”, escreveu:
“Neste sentido, os comunistas podem resumir sua teoria nesta fórmula única: abolição da propriedade privada (...) em resumo: acusai-nos de querer abolir vossa propriedade. De fato, é isso que queremos.”
A abolição da propriedade privada reflete a perda da liberdade, a soberania em produzir, em gerar riqueza, suprimindo a individualidade. E assim como a expropriação da propriedade retira a individualidade, o sequestro de símbolos nacionais derruba o conceito de soberania nacional, fazendo com que determinado povo não reconheça sua identidade.
Recentemente temos visto este ataque sumário aos símbolos nacionais por parte da ala vermelha do espectro político. O primeiro ocorreu contra o Hino Nacional Brasileiro no início deste ano.
Guilheme Terreri, nome civil da drag queen Rita Von Huty, teceu um comentário completamente jocoso ao participar do podcast “Embrulha Sem Roteiro”, que foi ao ar no dia 29 de março deste ano.
Formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), Guilherme inicia seu discurso falando sobre o Parnasianismo: estilo que se desenvolveu na poesia a partir de 1850, na França, com o objetivo de retomar a cultura clássica.
“Eu lembro de estar tendo essa aula (de Parnasianismo) muito boa, com uma professora muito boa, e ela explicar ‘Olha, o Parnasianismo é esse movimento que fazia arte pela arte.’ Um dos poemas parnasianos mais famosos é sobre um vaso. Quando você lê os parnasianos, você pensa: que c..., que m... é essa??”
Logo em seguida, ele disserta sobre o Hino Nacional:
“O Hino Brasileiro é parnasiano. ‘Ouviram do Ipiranga às margens plácidas’. Qual que é o sujeito dessa frase? E por que que não é ‘Às margens plácidas do rio Ipiranga ouviram’? Porque f... o povo, não é pra você entender, é só pra você cantar... que p... de hino é esse que a gente não pode cantar??”
Antes de prosseguir com este artigo, uma recomendação: independente do curso superior que se interesse, jamais estude na USP. José de Alencar e Monteiro Lobato revirar-se-iam em seus túmulos ao descobrirem que a universidade, que outrora tinha tanto prestígio, tornou-se antro de obscenidades (principalmente provenientes da esquerda).
Dito isto, sigamos.
Ao que tudo indica, Guilherme, mesmo sendo graduado em Letras, não conhece muito bem as regras do sujeito e predicado. Então, explicaremos aqui.
O sujeito e o predicado são os termos essenciais da oração. O sujeito é aquele que realiza ou recebe a ação, e o predicado comporta o verbo, informando a ação realizada ou recebida pelo sujeito.
A oração pode ser construída de várias formas:
Ordem direta: quando o sujeito aparece antes do predicado (é a forma mais usual)
Ordem inversa: quando o sujeito aparece depois do predicado (a exemplo do Hino Nacional)
Sujeito no interior do predicado: quando o sujeito aparece ENTRE o predicado.
Para pessoas como o senhor Guilherme, é mais fácil tripudiar da riqueza do Hino Nacional a ensiná-lo. E zombar desta forma de algo tão precioso que representa uma nação mostra apenas que a ala vermelha avança em sua agenda nefasta de anular a identidade do povo brasileiro.
Há alguns poucos dias, uma juíza eleitoral deu uma declaração absurda: que a bandeira nacional deveria ser proibida de ser exibida, pois ela representaria apenas “um lado da política”.
Ana Lúcia Todeschini Martinez, titular do cartório eleitoral de Santo Antônio das Missões e Garruchos disse durante uma reunião com representantes de partidos que seu entendimento era que a bandeira do Brasil poderia ser considerada uma propaganda eleitoral a partir do início oficial da campanha, no próximo dia 16 de agosto. Para ela, o símbolo nacional tornou-se marca de “um lado da política” no país. Ela não cita o presidente Jair Bolsonaro, mas fica evidente o raciocínio da magistrada.
“É evidente que hoje a bandeira nacional é utilizada por diversas pessoas como sendo um lado da política, né? Hoje a gente sabe que existe uma polarização. De um dos lados há o uso da bandeira nacional como símbolo dessa ideologia política (...) se ela tiver fixada em determinados locais, a gente vai pedir pra retirar.”
Assim como ensinamos um graduado em Letras regras básicas de uma oração, agora o faremos com esta magistrada que, ao que parece, cabulou as aulas de Direito Constitucional. O artigo 10 da Constituição de 1988 deixa claro:
A Bandeira Nacional pode ser usada em todas as manifestações do sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular.
E o artigo 13, parágrafo 1°, determina que a bandeira é SÍMBOLO NACIONAL:
São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
A referida juíza parece não entender a gravidade da situação ao proibir que brasileiros, cidadãos de bem e patriotas, utilizem a bandeira nacional. Porém, quando a classe artística sequestra e vilipendia o símbolo maior da nação, ficam “elas por elas.”
A cantora Bebel Gilberto, filha do cantor de MPB João Gilberto e sobrinha de Chico Buarque, “sambou” em cima da bandeira do Brasil em uma apresentação nos Estados Unidos. Em inglês, ela disse:
“Peço desculpas por fazer isso, mas vocês acham que estou orgulhosa de ser brasileira?”
Nenhum juiz se manifestou contra este ataque e a “mídia tradicional” (salvo alguns pouquíssimos jornalistas) não abordaram o ocorrido.
Boris Casoy, um dos maiores jornalistas do país, que atualmente é comentarista da CNN Brasil, comentou sobre o caso:
“Foi um ato deliberado, um ato hostil ao Brasil e extremamente ofensivo ao Brasil e aos brasileiros. Inclusive com o agravante de estar acontecendo no exterior.”
Boris, inclusive, ressalta algo interessante:
“Estranha muito (quero dizer, a mim não estranha) que a classe artística não tenha se manifestado a respeito disso. Será que é uma identificação ideológica da esquerda brasileira?”
Quando atos contra símbolos nacionais são realizados e nada é feito para combater, a identidade nacional, a soberania acaba se esvaindo, e este é justamente o objetivo do progressismo. Quando um povo não possui nada que o destaque dos demais, ele está sujeito a ser dominado por qualquer um. Em resumo: nenhum destes ataques é sem propósito, e o silêncio de quem deveria se manifestar contra mostra que o plano de tornar o brasileiro um “zé ninguém”, segue a pleno vapor.
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